quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Meramente simples, mas que fazem questão de complicar



Eu não sou o tipo de mulher que espera pelo príncipe no cavalo branco ou por alguém que me salve de dragões e furiosos magos maquiavélicos. Não quero alguém que me acorde do sono eterno ou alguém que me ame para sempre. Não tenho a pretensão de beijar um sapo e esperar que ele se transforme no homem mais perfeito. Não busco pelo príncipe que vague rua à fora com meu sapato de cristal, nem idealizo ouvir sinos badalando em um beijo. Eu espero por um amor real. Alguém que seja simples em sua essência, verdadeiro em sua atitude e homem por inúmeras vezes (não falo aqui de homem no sentido real da coisa, mas homem que sabe honrar o nome que lhe foi atribuído). Eu espero por um errantes. Por aquele que saiba reconhecer a grandiosidade existente nas simples coisas da vida. Aquele que, assim como eu, é atento aos detalhes. Eu espero por novidades, por alguém que veja a vida com olhos de criança curiosa, atenta e serena. Aquele que deite por entre as relvas e compartilhe de suspiros por sermos exatamente os incertos procurados. Alguém que quando vá a algum lugar, traga lembranças, não pelo presente material, físico. Mas, pelo sentimento embutido ali. Afinal, é sempre gratificante saber que meu eu anda sempre calcado a você, e saber também, que ele não pensava noutra coisa o dia inteiro: só no amor que sentia... Procuro alguém que me alerte do verdadeiro significado do amor; algo meramente complicado, turbulento, mas que ainda, não inventaram nada melhor. Ele dirá convicto: nosso amor acaba e renasce diversas vezes.

-Você não prefere um felizes para sempre?
-Do mesmo modo que nos contos de fadas?
- Sim, sempre idealizei isso: eu, você, príncipe, castelo, vestido cor-de-rosa.
- Mas são coisas nada cabíveis na nossa realidade. Lá, por dentre as telinhas, não existiam sentimentos repugnantes. Tudo co-existia com pessoas e mundo perfeitos. O universo nos oferecendo tudo sem um menor esforço e as pessoas incessantemente respondendo as nossas expectativas metaforicamente iguais a  máquinas. Programadas a responder estímulos pré-determinados.
- Meus olhos sempre procuraram por estórias meramente perfeitas. Acho que eles não cessarão enquanto não encontrarem algo do gênero.
- Isso é uma falsa felicidade absoluta!
- E meus sonhos de menina, vão por água abaixo? E o meu final: Felizes para sempre. Como fica?
-Você não prefere felizes por inúmeras vezes?

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