segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ele




Uma palavra simples, com apenas três letras, mas que embute uma diversidade de sentimentos. Chegou ultrapassando barreiras, desviando caminhos tortos – e o mais importante: suprindo as minhas exigências. Dissecou minhas palavras, essas que poucos notam, que traduzem um sentimento impregnado, que traduzem a mim... Desconcertou-me. Como pudera? Habituara-me a representar bem o papel que me cabia, o que realmente me descrevia era para poucos, pouquíssimos, quase ninguém. Protegia-me daqueles que não podiam me entender, assim, camuflando-me.
Questionava-me: como aquela vida de contos-de-fadas e princesas felizes no happy end, a qual fui criada, tornava-se tão verídica? Aquela idealização de menina não podia estar sendo real...
Muitas cenas depois, comecei a encaixar as peças das atuais circunstâncias e a perceber que estava tudo ao meu alcance, tudo meu. Ele não era apenas o mais belo, insistia também, em ser o melhor. Têm pequenos gestos que só grandes homens fazem. Simplicidade no olhar que são para poucos. Jeito de menino, atitudes de homem; e todas no lugar. Todas onde eu exatamente quis que estivesse. Nenhum lado torto, mal encaixado ou quase-perfeito. Para evitar discussões assume estar errado, mesmo não estando. Está sempre arrumando um jeito de me fazer surpresas, mesmo eu desvendando-as sem querer.
Para chegar à minha história antes idealizada (agora real) tive que reescrever muitas histórias. Fui reescrevendo até que se tornasse parecida com a ideia que passava pelo meu coração. Uma mistura de sorte com escolhas bem-feitas...



1 comentários:

  1. Não é porque é minha, ou porque é pra mim, mas a cada dia teu texto melhora, você evolui, articula melhor as ideias, emociona-me e me faz refletir mais com o que escreve. Tá lindo, amor! Só tenho que te elogiar e admitir: sou teu fã! :)
    Parabéns, te aaaaaaaaaaaaaamo! s2

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