quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O mito do homem pitbull




Mulheres gostam de homens canalhas. Mulheres gostam de dinheiro. Verdade ou mentira? Independente do caráter das afirmações ser verossímil, ou não, fato é que nossa sociedade e, principalmente, os homens que a compõem, tomam essas proposições como verdadeiras, e o pior, universalmente verdadeiras.
Mas por quê? Quais as conseqüências disto? Em primeiro lugar, vamos estabelecer alguns parâmetros de comparação. A mulher que gosta de canalha e dinheiro é realmente mulher, ou uma “menininha”? Não é difícil diferenciarmos os dois tipos, basta ter o mínimo de bom senso. Mulher que é mulher busca algo mais do que um carro de luxo e alguém que a banque na balada. Definitivamente, não é das que se comportam desta forma de que estamos falando.
A sociedade em geral busca estabelecer esses estereótipos a respeito do sexo feminino também como forma de camuflar fraquezas e medos. A cada década formamos novas gerações de “homens pitbull”. Verdadeiros machos alfa, catequizados, se é que podemos dizer assim, desde pequenos por seus pais, avós e tios para serem os melhores na arte da sedução e da conquista.
Mas agora convido você, latin lover, a parar e refletir: quantas vezes você viu aquela mulher maravilhosa, seu sonho de consumo, e soltou uma cantada de mau gosto e pejorativa? Muitas. Talvez o faça diariamente. E por fim, quantas vezes obteve êxito? Poucas, talvez nenhuma. Se ao menos uma vez deu certo, há duas possibilidades a serem consideradas. A primeira: não se tratava de uma mulher, era apenas mais uma menininha. A segunda: era uma mulher. Entretanto, ela não caiu em sua conversa. Apenas queria esquecer um homem bom, que, por algum motivo, perdeu, mas que não sai de sua cabeça. Ela não vai telefonar no outro dia, nem, ao menos, contar para alguém o que aconteceu.
Diferentemente do que pensamos mulher de verdade não busca futilidades e sim segurança. Também procura sexo, e sexo bom, é verdade, mas há uma disparidade enorme entre o nosso conceito de bom e o delas. Talvez o “ator pornô”, Phd em kama sutra, que se preocupa muito mais com a performance dele, e sobre os comentários dela para amigas sobre a performance, do que com a parceira em si, não seja o mais indicado. Alguém com o mínimo de sensibilidade, com total disposição para trocar experiências, aceitar críticas e apto para evoluir na relação junto com a mulher, provavelmente, causará muito mais efeitos.
E enquanto esse homem, mais discreto, muitas vezes, não tão em forma, mas com muito mais a agregar àquela mulher dos sonhos, ocupa o lugar que lhe é de direito, o “pitbull” continua fadado a contentar-se com menininhas ou servir de objeto para alguma mulher que ainda não encontrou o homem que quer.

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