sexta-feira, 27 de abril de 2012

Primeira Vez

Hoje vou abrir espaço, pra mais um texto, que o lindo fez pra mim. Não é porque é meu namorado, mas ele escreve muito. Compartilho, aqui, com vocês. Espero comentários do que vocês acharam. Beijinhos, beijinhos!




Há certos sentimentos que não gosto que permeiem nem mesmo meus sonhos, ou minhas ideias. Acredito muito na força do pensamento, no fluxo de energias, acredito, sim, que atraímos o que transmitimos. Esse fato, sem dúvida, é o que explica a minha, a nossa vida, que, como em um livro, parece ser dividida em capítulos. Mas, nessa publicação, os capítulos não são contínuos, não seguem uma lógica. No começo, nem mesmo o “leitor” mais intrépido, arriscaria dizer que dois personagens de esferas tão distintas protagonizariam a mesma história no final. O roteiro não é clichê, não é “Malhação”, foge dos padrões. Afinal, lógica pra que, por que, pra quem? A rotina deixa tudo tão chato, o hermetismo torna tudo tão frio, não é nossa cara.


Voltando à história dos fluxos, dos pensamentos, das energias, nem em meus delírios mais intensos, nem, quem sabe, à base de mescalina, poderia ter a noção de que a vida me presentearia desta forma. Talvez eu até prospectasse, entretanto, durante certo tempo, a vida e, as pessoas que atraí, fizeram com que eu não fosse capaz de crer que era possível. Não conheço sua história por inteiro, até prefiro que seja assim, você me conhece bem. Gosto de fantasiar, pensar que tudo começou a partir dali, a partir de mim. Quando começamos a escrever nosso trecho do livro, peguei as demais páginas e ateei fogo. Não sou saudosista, nem apegado. Mal havíamos terminado a segunda, terceira folha, e me dei conta de que os capítulos anteriores eram apenas referentes, uma espécie de manual de “como não se fazer”, mas que não serviriam nem para prefácio do nosso, que, diferentemente, íamos construindo em parceria.

Parceria. Essa é a palavra chave, é por este ponto que passa o sucesso do enredo, que completa mais um ciclo, e de sucesso. Como correu o tempo. Amizade, companheirismo, amor e pimenta nunca andaram de mãos dadas, ao menos para mim, ao menos até aquele dia. Dotada de uma sinceridade que salta aos poros do rosto, de um olhar que intriga mais do que minhas dúvidas e de uma doçura que me encanta, enxergo-te como um desafio, e me desafio. Desafio-me, a cada dia, fazer-te feliz, a manter o gostinho do primeiro beijo, da primeira vez. Desafio-me a corresponder a tuas expectativas, a manter o brilho em seus olhos, que me faz ter forças pra continuar quando penso em largar tudo. Quero galgar o topo e te puxar junto comigo. Não te largo, não te deixo. Escolhi e fui escolhido, não há a possibilidade de você ficar para trás, não seguir comigo, a menos que queira. É a primeira vez que penso assim. Sou mutável, sou de lua. Almejo algo, alcanço e mergulho fundo. Já larguei tudo, mais de uma vez. Já poderia tê-lo feito novamente, mas não. Preferi continuar, pela a primeira vez. Orgulho-me do estamos construindo. É a primeira vez, é fato inédito. Não tive surto, nem crise existencial artística que me desse vontade de destruir nossa obra. Optei por continuar. E Optei por continuar porque é a primeira vez que não escrevo história apenas para preencher páginas, e nem conto as folhas escritas pra ver quantas faltam para o fim. É a primeira que, todos os dias, são como a primeira vez.

1 comentários:

  1. Ah, que texto mais lindo! ahaha! Mas você merece mais e muito mais do que isso. Obrigado por aparecer e transformar minha vida, obrigado por existir. Te amo! s2

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