Apesar dessa sociedade do desafeto, do desamor, do despropósito, da falsidade, encho o peito e digo: há ainda uma solução no final do túnel. Amizades indestrutíveis e verdadeiras ainda são sim possíveis. Aqueles que sabem nos desculpar, a relevar e a não tomar pra si. Os que não põe intenções onde não tivemos, sabem diferenciar brincadeira, conselho ou apenas opinião. Uma opinião forte, igual a personalidade do outro, mas ainda assim, para o bem. Sem malícias, rancores ou qualquer sentimento ruim que possa gerar entre ambos. No máximo, uma atitude que lhe foi de mal agrado, mas resolvido na hora. Sem deixar rastros para levar a terceiros, que nada tem a ver com a amizade de anos e em nada poderá ajudar.
Amizades de gente que não carrega o mundo nas costas, que fala olhando nos olhos, que não leva a vida tão a sério, que é franca na hora do sim e na hora do não. O compartilhamento das coisas boas da vida e também ruins, por que não? Fofocas que vão surgindo semana após semana, as incontáveis lembranças de ambas, espaços de rir junto ao se maquiar, dividir uma mesma chapinha, chiclete antes da festa, assuntos dos mais variados. A faculdade na área da saúde de uma é compartilhada com aquela das humanas.
E outras tantas coisas que compõem memórias, fazem volume, laçam amizades que ser nenhum consegue desatar o nó tamanho é a força.
Tenho poucos amigos que enriquecem minha vida, contáveis em um dedo da mão, mas que se encaixam no meu conceito de "pessoas especiais". Amizades que romperam barreiras, quebraram distâncias. Ter quem dê corda em nossas vontades (ainda) dormentes significado no fundo, muito. Ter e saber que tem em quem confiar é maravilhoso. Encher o peito pra falar: "colocaria as mãos no fogo por você" é raro. E é dessa insensatez em forma de companhia que eu não abro mão.
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